Um ano se passou desde aqueles dias que não podem ser esquecidos, dias que transformaram perspectivas e instigaram uma profunda reflexão nacional sobre segurança e bem-estar em nossas escolas. Hoje, ao relembrarmos esse período, não pretendemos reviver as dores dos ataques, mas sim refletir sobre o crescimento, as mudanças e, principalmente, sobre o papel da educação emocional integral (EEI) no ambiente escolar.

Neste momento de reflexão, convido você, leitor, a se perguntar: **As escolas estão realmente mais seguras agora?** Segurança transcende a presença de vigias e câmeras; ela abrange um ambiente onde alunos e professores se sentem ouvidos, respeitados e cuidados. A segurança emocional é tão crucial quanto a física. Como as suas escolas têm lidado com isso?

Outro ponto vital é o **acolhimento**. Após o ocorrido, as instituições educacionais criaram mais espaços de acolhimento? É fundamental que alunos e funcionários tenham onde se expressar e serem assistidos em suas necessidades emocionais. A Educação Emocional Integral destaca a importância de um ambiente que promove autoconhecimento, autocuidado, e decisões responsáveis, abordando emoções de maneira construtiva .

**E o bullying?** Será que aumentou ou conseguimos criar um ambiente de maior empatia e respeito? Lembramos que a EEI nos ensina que o ambiente escolar deve ser um espaço de multidimensionalidade e integralidade, abrangendo todas as interações e dimensões humanas, trabalhando por um cenário onde cada indivíduo se sinta parte integral da comunidade educacional.

Falando em **comunidade**, a participação dos pais, familiares e moradores no ambiente escolar ganhou força? As escolas, agora, são vistas como parte integral da comunidade ou ainda existem barreiras? A integração com a comunidade pode ser um poderoso fator de proteção e suporte, conforme destacado pelos objetivos da EEI, promovendo não apenas o bem-estar individual, mas igualmente o coletivo.

Em um contexto mais amplo, **como a Educação Emocional Integral foi integrada nas escolas**? Sabemos que este é um processo contínuo e desafiador, mas extremamente necessário. O desenvolvimento de habilidades socioemocionais, conforme proposto pela EEI, visa criar uma cultura escolar que valoriza o ser humano em todas as suas dimensões, preparando não apenas alunos, mas também professores e gestores para lidar com suas emoções de maneira saudável e construtiva.

Este é um convite à reflexão e, mais ainda, à ação. **O que podemos fazer, como comunidade, para avançar ainda mais nesse caminho?** A verdadeira mudança começa no reconhecimento das emoções como parte integrante do processo educativo, levando à criação de um ambiente escolar que promove não só o conhecimento acadêmico, mas também o bem-estar emocional e social de todos os envolvidos.

Convido cada um de vocês a ser parte dessa transformação, refletindo sobre essas perguntas e agindo dentro de suas capacidades para criar um ambiente escolar mais seguro, acolhedor e emocionalmente saudável. Juntos, podemos construir um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes, aonde a educação vai além dos conteúdos, alcançando a integralidade de cada indivíduo.

Com carinho,

Mariana